Máscaras

Ontem conversando com uma amiga, parei para pensar sobre o ato de escrever, de se expor diante de todos da forma mais genuína.

É sempre assim, eu começo e depois paro , tenho receio de me expor demais, e a máscara cair.

Sim, aos desavisados de plantão: Eu sorrio sem vontade, dou bom dia com vontade de mandar à pqp, sou simpática mas no fundo minha vontade é que todos desapareçam da minha frente.

Hipócrita, fingida? Não, apenas preciso conviver em sociedade, e essa pose de boa moça que eu insisto em fazer é o único modo que eu conheço para sobreviver.

Então eu venho aqui e escrevo o que realmente sinto, e as pessoas se assustam. Puxa logo ela?

Sim ...logo eu! Logo eu por que não sou perfeita, logo eu que também fico de saco cheio, diria que vivo de saco cheio.

E se pensam que sou uma pessoa amarga, não, verdadeiramente não sou, sei ser doce sinceramente, sem artifícios e fingimentos. O que acontece é que são raras as pessoas que sabem extrair de mim esse lado.

O problema são os outros? Não definitivamente. O problema sou eu mesma.

Sou eu, afinal ninguém é obrigado a ser e a pensar o que eu quero. O que não me deixa conformada, é que os outros não me entendem da mesma forma, e sempre esperam o melhor de mim, o melhor sorriso, a melhor resposta. Esperam sempre as decisões mais acertadas e o comportamento mais correto. E minha vontade na grande maioria das vezes é chutar o balde, mesmo que ele esteja cheio!

Então eu escrevo, escrevo porque escrever liberta os sentimentos, aí vem um felizardo e me diz. Puxa, mas você não deveria pensar assim, não deveria se sentir assim...pois é mas me sinto. E não estou possuída por nenhum espírito malígno, nem tenho menos fé que você. E também não acredito que me sinto assim por estar longe de Deus...pois não estou!

E então, de agora em diante decidi que vou sim escrever o que sinto , como quero e se quiser. Ser compreendida já não é um objetivo de vida.