Todos nós ao atravessarmos certas fases da vida passamos por algumas crises. Por pura falta de criatividade, essas crises vão se repetir ao longo dos anos.
Só muda ás vezes o contexto , mas a crise é sempre a mesma, vejamos algumas comparações:
Aos 12 anos: Você se torna um ser não identificado, não é adulto ainda, mas também não é mais criança. A frase que mais ouvirá nesta idade é: - Garota deixe de ser criança, não tem mais idade para isso.
Ou então: - Nem pensar você ainda não tem idade para isso.
Aí então você concluí, que nos próximos anos não poderá se divertir, pois é adulta demais para brincar, e criança demais para se divertir como adulta.
Aos 30 anos: Você novamente se torna em um ser não identificado, não é mais jovem, porém também não é madura. A frase que mais vai ouvir é : - Credo, você teima em se vestir como adolescente, não tem mais idade pra isso.
Ou então: - Você é tão nova e se veste como velha.
Aos 12 anos: Você vai ao shopping com suas amigas, mas não sabe que roupa vestir, você se troca mais de 10 vezes, nada fica bem em você, você deita na cama e chora, não tem roupa para sair.
Aos 30 anos: Você tem um happy hour com as amigas para comemorar a promoção de uma delas, você vai para casa correndo, toma banho e ao abrir o guarda roupa entra em desespero, experimenta uns 10 vestidos, centenas de blusinhas e calças, absolutamente nada fica bem, você desesperada, desiste de ir ao happy hour, liga para as amigas dizendo que seu gatinho de estimação está passando mal, passa o resto da noite se sentindo a mais infeliz das criaturas e chorando.
Aos 12 anos: Você se olha no espelho após o banho e não se reconhece mais, aquele corpo não lhe pertence, suas pernas são finas demais e seus braços desproporcionais ao resto do corpo, mudanças aterrorizantes estão acontecendo todos os dias e você sente saudades de alguns anos atrás, quando não precisava se preocupar em esconder os seios que insistem em aparecer embaixo da camiseta transparente do colégio, o sutiã passa a ser seu pior e melhor aliado.
Aos 30 anos: Você se olha no espelho após o banho e não se reconhece mais, aquele corpo definitivamente não lhe pertence, ou melhor aquela barriga não lhe pertence, aquela celulite e estrias também não lhe pertencem, sua silhueta está mudando de forma aterrorizante.
Partes do seu corpo mudam de lugar, a ação da gravidade é cruel, é nesse momento que você concluí que ter seios pequenos é uma grande vantagem, afinal quanto maior a massa maior a ação da gravidade.
Aos 12 anos: Sua pele também não é mais a mesma, espinhas e oleosidade tiraram aquele aspecto de pele de bebê que você tinha até pouco tempo atrás, agora seu calendário social giram em torno do bom humor das suas espinhas. Espinha grande e infeccionada na ponta do nariz, significa que você ficará trancafiada em casa todo o final de semana, espinha discreta abaixo do queixo significa que você poderá sair de casa e ir ao cinema com aquele gatinho.
Aos 30 anos: Sua pele também não é mais a mesma, pés de galinha, indícios de pequenas rugas, pálpebras meio flácidas, e manchinhas que surgiram do nada. Você não tem o mesmo viço de 10 anos atrás, os cremes passaram a ser grandes aliados, sem falar dos truques caseiros que amigas e velhas tias te ensinam. Seu calendário social passa a depender da intensidade das suas olheiras, se forem profundas e muito escuras, daquelas que não há corretivo e base que esconda, significa que você passará o final de semana deitada com rodelas de pepinos e compressas de chá de camomila nos olhos, se forem suaves e mais claras, caprichará no make sairá com aquele cara que você ainda não descobriu se é ou não um namorado em potencial.
Por falar em namorado, a parte emocional é uma crise á parte.
Aos 12 anos: Você se apaixona loucamente por aquele professor de geografia gatíssimo, mas você sabe que não tem a menor chance, o cara é décadas mais velho que você. Você suspira, escreve poemas, sonha com ele e jura todos os dias que irá criar coragem e se declarar para ele, afinal se ele não te aceitar você irá seguir carreira religiosa e virar freira, melhor que se relacionar com garotos da sua idade.
Aos 30 anos: Você se apaixona loucamente por um verdadeiro cafajeste, ele marca encontros e chega horas atrasado, some em fins de semanas alternados e nem se dá o trabalho de ligar para você. Você jura que vai arrumar um namorado descente, e que dará um belo pé nesse imprestável que você insiste em chamar de namorado, mas isso nunca acontece. Você tem medo de ficar sozinha, e ser vista com grande piedade por amigos e familiares. Pobrezinha não foi capaz de segurar nem aquele cafajeste, e se arrepende de não ter cumprido a promessa de quando tinha 12 anos.
Aos 12 anos: Você não tem a mínima ideia de qual carreira irá seguir, mas a pressão da família é grande. Até parece que com 12 anos você tem maturidade para decidir o que fará pelo resto da vida, mas por via das dúvidas você faz inglês, espanhol e jura que aos 14 irá se candidatar á aprendiz de todas as profissões possíveis e imagináveis.
Aos 30 anos : Sua vida profissional não é o que você havia sonhado, tem um chefe neurótico, um subordinado incopentente, e um salário vergonhoso. Mas ainda assim está cursando sua 2ª Pós-Graduação e acredita piamente que irá conseguir uma ótima promoção no próximo ano. Caso isso não aconteça você não descartará a opção de quando tinha 12 anos de virar freira, afinal você resolveria dois problemas de uma vez só, o emocional e o financeiro, freira não tem marido nem bens e nem preocupação nenhuma com isso, já é uma grande vantagem.
Aos 12 anos: Vira e mexe o assunto de quantos filhos você pretende ter quando crescer aparece entre sua turminha. Você pensa, pensa e concluí que ficar com um barrigão e aguentar bebê chorando não é sua praia. As amigas fazem planos para o futuro dizendo que serão ótimas mães e que você é esquisita, afinal toda mulher um dia vai querer ter filhos.
Aos 30 anos: Esse tipo de cobrança virou um pesadelo para você. Se você for solteira o discurso é: - Tá na hora de você arrumar um homem sério e casar.
Se você for casada o discurso só muda um pouco: - Tá na hora de você arrumar um filho.
Até parece que com 30 anos você está tão velha e acabada que se não arrumar um marido logo irá ficar pra titia, ou que se não engravidar nos próximos meses irá parar de ovular devido á sua grande velhice aos 30 anos.
Não temos como escapar, os anos passam para todos, convém á nós tirar de letra todas as crises, rir delas ainda é o melhor remédio.