O céu estava escuro, carregado . Assim era como eu me sentia também, carregada escura , envolta em nuvens de sentimentos que me sufucavam.
Olha para o céu mais uma vez, e não cai nenhuma gota ainda, apenas o vento sopra forte, folhas são arremessadas ao ar, e um relâmpago corta o céu.
Vontade de chorar, o que sinto não cabe mais em mim precisa transbordar, eu me seguro, não posso e não devo chorar.
Mais um raio corta o céu, e dessa vez a chuva começa a cair, no começo leve , mais vai criando forças, assim como a vontade de chorar cria forças dentro de mim.
Chove forte agora, venta e meu coração parece que vai arrebentar dentro do peito, num ímpeto de desespero me entrego á chuva.
Agora já posso chorar e libertar o que sinto, minhas lágrimas se confundem com a chuva, ela sou eu, e eu sou ela. Não tem como distinguir se o que corre pelo meu rosto são lágrimas ou chuva.
Sinto a chuva cair em meu corpo , mas o que ela atinge em cheio é meu coração, me sinto viva novamente, me sinto liberta, a correntaza que se formou em meus pés não levam apenas a água da chuva, levam minhas lágrimas também.
Estou enxarcada pela água da chuva, mas meu coração está leve. A chuva diminui e em poucos minutos para. Sinto o vento frio e volto á realidade.
Naquele fim de tarde a chuva lavou mais que a cidade empoeirada, limpou também meu coração.
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