Idéias boas e más, ideías sórdidas e absurdas. Idéias novas ou ultrapassadas, idéias para solucionar ou complicar. Idéias que não queremos ter e as que não conseguimos realizar. Idéias que vão e as que ficam, idéias malucas e as criativas. Quem nunca teve uma idéia impossível, uma brilhante ou uma proibida. Eis aqui as minhas idéias...nem tudo o que você ler aqui é verdade e nem tudo é mentira.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A crise das idades




Todos nós ao atravessarmos certas fases da vida passamos por algumas crises. Por pura falta de criatividade, essas crises vão se repetir ao longo dos anos.

Só muda ás vezes o contexto , mas a crise é sempre a mesma, vejamos algumas comparações:

Aos 12 anos: Você se torna um ser não identificado, não é adulto ainda, mas também não é mais criança. A frase que mais ouvirá nesta idade é: - Garota deixe de ser criança, não tem mais idade para isso.
Ou então: - Nem pensar você ainda não tem idade para isso.
Aí então você concluí, que nos próximos anos não poderá se divertir, pois é adulta demais para brincar, e criança demais para se divertir como adulta.

Aos 30 anos: Você novamente se torna em um ser não identificado, não é mais jovem, porém também não é madura. A frase que mais vai ouvir é : - Credo, você teima em se vestir como adolescente, não tem mais idade pra isso.
Ou então: - Você é tão nova e se veste como velha.

Aos 12 anos: Você vai ao shopping com suas amigas, mas não sabe que roupa vestir, você se troca mais de 10 vezes, nada fica bem em você, você deita na cama e chora, não tem roupa para sair.

Aos 30 anos: Você tem um happy hour com as amigas para comemorar a promoção de uma delas, você vai para casa correndo, toma banho e ao abrir o guarda roupa entra em desespero, experimenta uns 10 vestidos, centenas de blusinhas e calças, absolutamente nada fica bem, você desesperada, desiste de ir ao happy hour, liga para as amigas dizendo que seu gatinho de estimação está passando mal, passa o resto da noite se sentindo a mais infeliz das criaturas e chorando.

Aos 12 anos: Você se olha no espelho após o banho e não se reconhece mais, aquele corpo não lhe pertence, suas pernas são finas demais e seus braços desproporcionais ao resto do corpo, mudanças aterrorizantes estão acontecendo todos os dias e você sente saudades de alguns anos atrás, quando não precisava se preocupar em esconder os seios que insistem em aparecer embaixo da camiseta transparente do colégio, o sutiã passa a ser seu pior e melhor aliado.
Aos 30 anos: Você se olha no espelho após o banho e não se reconhece mais, aquele corpo definitivamente não lhe pertence, ou melhor aquela barriga não lhe pertence, aquela celulite e estrias também não lhe pertencem, sua silhueta está mudando de forma aterrorizante.
Partes do seu corpo mudam de lugar, a ação da gravidade é cruel, é nesse momento que você concluí que ter seios pequenos é uma grande vantagem, afinal quanto maior a massa maior a ação da gravidade.

Aos 12 anos: Sua pele também não é mais a mesma, espinhas e oleosidade tiraram aquele aspecto de pele de bebê que você tinha até pouco tempo atrás, agora seu calendário social giram em torno do bom humor das suas espinhas. Espinha grande e infeccionada na ponta do nariz, significa que você ficará trancafiada em casa todo o final de semana, espinha discreta abaixo do queixo significa que você poderá sair de casa e ir ao cinema com aquele gatinho.

Aos 30 anos: Sua pele também não é mais a mesma, pés de galinha, indícios de pequenas rugas, pálpebras meio flácidas, e manchinhas que surgiram do nada. Você não tem o mesmo viço de 10 anos atrás, os cremes passaram a ser grandes aliados, sem falar dos truques caseiros que amigas e velhas tias te ensinam. Seu calendário social passa a depender da intensidade das suas olheiras, se forem profundas e muito escuras, daquelas que não há corretivo e base que esconda, significa que você passará o final de semana deitada com rodelas de pepinos e compressas de chá de camomila nos olhos, se forem suaves e mais claras, caprichará no make sairá com aquele cara que você ainda não descobriu se é ou não um namorado em potencial.


Por falar em namorado, a parte emocional é uma crise á parte.

Aos 12 anos: Você se apaixona loucamente por aquele professor de geografia gatíssimo, mas você sabe que não tem a menor chance, o cara é décadas mais velho que você. Você suspira, escreve poemas, sonha com ele e jura todos os dias que irá criar coragem e se declarar para ele, afinal se ele não te aceitar você irá seguir carreira religiosa e virar freira, melhor que se relacionar com garotos da sua idade.

Aos 30 anos: Você se apaixona loucamente por um verdadeiro cafajeste, ele marca encontros e chega horas atrasado, some em fins de semanas alternados e nem se dá o trabalho de ligar para você. Você jura que vai arrumar um namorado descente, e que dará um belo pé nesse imprestável que você insiste em chamar de namorado, mas isso nunca acontece. Você tem medo de ficar sozinha, e ser vista com grande piedade por amigos e familiares. Pobrezinha não foi capaz de segurar nem aquele cafajeste, e se arrepende de não ter cumprido a promessa de quando tinha 12 anos.

Aos 12 anos: Você não tem a mínima ideia de qual carreira irá seguir, mas a pressão da família é grande. Até parece que com 12 anos você tem maturidade para decidir o que fará pelo resto da vida, mas por via das dúvidas você faz inglês, espanhol e jura que aos 14 irá se candidatar á aprendiz de todas as profissões possíveis e imagináveis.

Aos 30 anos : Sua vida profissional não é o que você havia sonhado, tem um chefe neurótico, um subordinado incopentente, e um salário vergonhoso. Mas ainda assim está cursando sua 2ª Pós-Graduação e acredita piamente que irá conseguir uma ótima promoção no próximo ano. Caso isso não aconteça você não descartará a opção de quando tinha 12 anos de virar freira, afinal você resolveria dois problemas de uma vez só, o emocional e o financeiro, freira não tem marido nem bens e nem preocupação nenhuma com isso, já é uma grande vantagem.

Aos 12 anos: Vira e mexe o assunto de quantos filhos você pretende ter quando crescer aparece entre sua turminha. Você pensa, pensa e concluí que ficar com um barrigão e aguentar bebê chorando não é sua praia. As amigas fazem planos para o futuro dizendo que serão ótimas mães e que você é esquisita, afinal toda mulher um dia vai querer ter filhos.

Aos 30 anos: Esse tipo de cobrança virou um pesadelo para você. Se você for solteira o discurso é: - Tá na hora de você arrumar um homem sério e casar.
Se você for casada o discurso só muda um pouco: - Tá na hora de você arrumar um filho.
Até parece que com 30 anos você está tão velha e acabada que se não arrumar um marido logo irá ficar pra titia, ou que se não engravidar nos próximos meses irá parar de ovular devido á sua grande velhice aos 30 anos.


Não temos como escapar, os anos passam para todos, convém á nós tirar de letra todas as crises, rir delas ainda é o melhor remédio.




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